quinta-feira, 9 de agosto de 2007

amarelo-memória

As malas, você levou...
Mas as lembranças ficaram,
no exato lugar onde você
esparramou.

Não passou de um mal-entendido,
hoje sei
Tudo foi uma invenção minha,
desta memória sublime,
deste jogo de me encontrar.

Sabe,
tem gente que vai ao analista,
psicólogo, psiquiatra ou
ao programa da Márcia

Não eu

Eu escrevo

mentiras, ficção
às vezes, até verdades,
por que não?
É sempre sobre mim

Estou convencida:
(muito convencida)
se o mundo não gira ao meu redor,
é porque errou a rota.

Então, não se iluda, tolinho.
Quando escrevo sobre você,
é de mim que estou falando.
E se você não está nem aí,
nem aqui,
nem preciso dizer quem se enganou.

Não adianta voltar,
refazer as malas e implorar...
Aquelas lembranças que você trocou
por um sofá,
não passam de fotos amareladas,
linhas maltraçadas,
e palavras até bem intencionadas...
mas cinzas
de uma chama
que não chama mais ninguém...

4 comentários:

Maíra disse...

Olá moça, vim aqui pela indicação do Tiago, e gostei muito dos textos. Continuarei visitando...

Tiago de Paula disse...

então,
tem uns pontos me incomodando no seu texto,
sei lá,
queria que fosse mais a minha cara.

aí peguei um pincel e comecei a ajeitar a monalisa, aquele sorrisinho se perdeu e ficou assim:







mudei de idéia vou mandar por depoimento.

Tiago de Paula disse...

nossa, adorei manter chama-chama e não aceitar minha mudança, faz muito mais sentido do que chama-clama. e é muito mais minha cara. amém.

Nina disse...

Haaa!!

Amei! Sei lá o que dizer... Jogo de palavras... Haa... Amei.

=P