Pego linha e agulha
pra me costurar em você...
Você já chega com a tesoura!
Perco então o fio da meada
e me enrolo.
Peço ajuda à desatadora de nós,
nossa senhora,
que me ensine a desatar-nos!
Começo a tecer uma colcha
de momentos.
Espalho as lembranças,
entrelaço-as cuidadosamente...
Depois de muito trabalho,
estendo a colcha no chão
pra você passar.
Mas você voa e nem vê!
Desisto,
não quero mais saber!
Dobro nosso memorial
com desvelo revoltado
e o acomodo em um baú,
que tranco a cadeado.
A chave, jogo fora...
E você a pega no ar!
3 comentários:
Lindo poema! Parabéns!
Quem me dera que "alguém" pegasse no ar a chave do meu baú...
Então fica com o baú pra você já que pegou a chave no ar,
porque as coisas que têm dentro
eu já me cansei ver, viver, conviver.
=~~
Comentário nada a ver mas ...
=*
Vixe que relacionamento mais enrolado! Esse vai dar trabalho, com certeza! Boa sorte! E muito coração, pra saber levar.
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