sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

todo dia, tudo sempre igual

Toda manhã eu me despeço
acordo me sentindo sufocar
vou-me embora pra Passárgada,
pra Ilha do Sol, pra Califórnia,
Marajó, Irajá ou qualquer outro lugar.

Toda tarde me despedaço,
dispersa, sozinha em minha liberdade,
independente, vazia, sem sonhos ou poesia,
sozinha,
sozinha.

Toda noite me desfaço,
me disfarço,
finjo que não foi nada, que não fugi,
que não estou voltando...
mas volto,
e sempre peço,
sem orgulho, sem passado:
nunca mais me deixe partir...

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