domingo, 13 de janeiro de 2008

Amantes futuros

Minha alma rima com a sua
mesmo nos versos mais incomuns...
como em canções de band-aids no calcanhar,
de rapazes latino-americanos sem dinheiro no bolso,
ou de escafandristas que virão explorar...

Nossas vidas é que destoam,
em tempo, espaço e harmonia
como o vozerão do locutor da rádio,
incompatível com sua figura franzina.

Mas não se afobe não, que nada é pra já...
é só um problema de ritmo,
nada impossível de se consertar!
(mesmo porque, toda dificuldade é relativa:
é bem mais fácil, por exemplo,
do que fazer a paz no Oriente reinar)

Em outra analogia musical,
nós dois somos como o jazz:
cheios de improvisos...
ou, numa mais visual,
um quadro alegre do Romero Brito.

O fato é que,
ainda que desencontrados,
somos arte
em todos os sentidos.


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É válido escrever as impressões sobre meus próprios escritos? Pensei um pouco nisso (menos de meio minuto, imagino) e conclui que sim, pelo menos pra referências futuras. Mesmo pq, aquele bonito plano de só escrever sem esses comentários pessoais já foi pro espaço mesmo! Então, achei esse textinho muito simpático, mas acho que falta alguma coisa. Ou talvez sobre, não sei. Pode ser que funcionasse melhor com rimas de verdade ou com alguma mensagem melhor elaborada... enfim, escrevi agorinha, sem preparativos ou pós-produção, surgido do nada, de repente mesmo, nem sei sob qual inspiração. Tendo em vista tais condições, eu até gostei. Se alguém tiver sugestões, eu aceito. Todo texto meu é uma obra aberta. Quer dizer, quase todo. De alguns eu quase tenho ciúmes, mas são raras exceções.
Então tchau.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

o peso, a leveza e o amor nisso tudo...

Leve o suficiente
para não ser um fardo;
Pesado o bastante
para não se esvair no ar

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Os calendários marcam um novo ano, mas as mudanças param por aí. Dessa vez não perdi meu tempo fazendo resoluções de ano novo, das quais certamente iria me esquecer em poucas semanas... é preferível perder tempo com coisas pouco menos improdutivas. Já as coisas produtivas andam fora de meu alcance: o tal hiato criativo continua tomando conta de mim. Com tamanha falta de inspiração, não tenho escrito nem comentários nos blogs preferidos. Mas hoje resolvi me esforçar a escrever algo e, como o resultado até agora não está muito bom, vou parar logo e visitar os blogs alheios - que certamente hão de me inspirar a comentar e, quem sabe em pouco tempo, também a produzir novos escritos próprios e publicáveis.

Ah, "O peso, a leveza e o amor nisso tudo" foi apenas uma anotação feita em um caderninho na época em que li "A Insustentável Leveza do Ser", do Milan Kundera.

Até!